O Ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, que também venceu o primeiro turno nas eleições presidenciais do país, compartilhou em sua conta do Instagram um trecho de uma reunião com o cientista da computação Santiago Siri. Entre os tópicos centrais discutidos durante o encontro estava a possibilidade de o governo argentino começar a minerar e acumular Bitcoin como um ativo de reserva.
Santiago Siri enfatizou a visão compartilhada na reunião, expressando que a Argentina poderia se tornar uma República pró-Bitcoin. Ele destacou o potencial de utilizar o gás proveniente de Vaca Muerta para a mineração de Bitcoin, comparando a criptomoeda a um "ouro digital". Com um limite fixo de 21 milhões de unidades, o Bitcoin é considerado um ativo de tesouraria valioso e uma reserva de valor a longo prazo, o que levaria a Argentina a explorar sua integração nas contas públicas do estado de maneira soberana.
A Argentina, como uma das principais economias da América Latina, enfrentou um período de hiperinflação nos últimos anos, levando milhões de argentinos a buscar refúgio em ativos mais sólidos, como o dólar americano, stablecoins ou mesmo criptomoedas como Ethereum e Bitcoin.
O cenário atual nas eleições presidenciais demonstra que ambos os candidatos apoiam o Bitcoin. Javier Milei, líder nas primárias, expressou interesse em dolarizar a economia do país e promover um mercado aberto de moedas, destacando a importância da busca por reservas sólidas em um momento de turbulência econômica. A possibilidade de integração do Bitcoin nas reservas da Argentina é uma sinalização do crescente interesse em ativos digitais sólidos como parte da estratégia financeira do país.