Mercado Imobiliário Mantém Aquecimento Mesmo com Preços Elevados, Revela Raio X FipeZAP

O mercado imobiliário brasileiro continua aquecido, mesmo com a percepção de preços elevados. Confira os dados da pesquisa Raio X FipeZAP sobre a demanda de imóveis no segundo trimestre de 2024.

Agosto 21, 2024 - 10:38
Agosto 21, 2024 - 10:39
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Mercado Imobiliário Mantém Aquecimento Mesmo com Preços Elevados, Revela Raio X FipeZAP

Mesmo com a percepção de preços elevados, o mercado imobiliário brasileiro continua a mostrar sinais de aquecimento, conforme revela a pesquisa "Raio X FipeZAP: perfil da demanda de imóveis". O estudo, realizado entre o segundo trimestre de 2024, destaca o comportamento de compradores, potenciais compradores e proprietários, apontando uma demanda ainda aquecida, apesar das expectativas de alta moderada nos preços.

O mercado imobiliário brasileiro segue mostrando resiliência, mesmo diante da percepção de preços elevados por parte dos compradores. Segundo o levantamento "Raio X FipeZAP: perfil da demanda de imóveis", desenvolvido pela Fipe e ZAP, o setor continua a aquecer, com uma participação de compradores que supera a média histórica.

Realizada entre os dias 10 de julho e 5 de agosto de 2024, a pesquisa contou com 646 participantes, divididos entre compradores, potenciais compradores e proprietários. Destes, 13% adquiriram um imóvel nos últimos 12 meses, 35% pretendem comprar nos próximos três meses, e 24% possuem um imóvel há mais de um ano.

Um dos destaques do estudo é a preferência por imóveis usados, que representaram 72% das compras realizadas no último período, enquanto os imóveis novos ficaram com 28%. Já entre os potenciais compradores, o interesse por imóveis usados também prevalece, com 46% optando por essa categoria, e apenas 9% demonstrando preferência por imóveis novos.

No entanto, o estudo também revela um esfriamento nos planos de compra. Apenas 35% dos respondentes declararam a intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses, o menor índice desde o primeiro trimestre de 2020. Um dos principais motivos para essa queda é a percepção de preços elevados, com 79% dos potenciais compradores classificando os valores dos imóveis como “altos ou muito altos”, um aumento significativo de 11 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Quanto às expectativas de preços, os potenciais compradores esperam um aumento de apenas 0,7% nos próximos 12 meses, um índice modesto se comparado aos 4,6% esperados pelos proprietários e aos 6,7% projetados por quem já adquiriu um imóvel recentemente.

Em relação ao objetivo da compra, a maioria dos potenciais compradores (86%) pretende utilizar o imóvel para moradia, especialmente para dividir com alguém (72%). Por outro lado, entre aqueles que buscam investir, 73% planejam obter renda com aluguel, enquanto 27% visam a revenda futura após valorização.

Os proprietários, por sua vez, também demonstram preferência pelo uso residencial de seus imóveis, com 79% destinando-os para moradia. Entre os 21% que compraram para investir, a obtenção de renda com aluguel foi a principal motivação (72%), superando a revenda após valorização (28%).

Esses dados reforçam a complexidade do mercado imobiliário atual, onde, apesar de um certo arrefecimento nas intenções de compra, a demanda ainda se mantém robusta, impulsionada pela preferência por imóveis usados e pela busca por oportunidades de investimento.

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