Bitcoin prestes a formar ‘cruz da morte’, mais queda pela frente?

Após uma forte queda nos últimos dias, analistas estão acompanhando a formação de uma ‘cruz da morte’ no gráfico do Bitcoin. Tal padrão é um sinal de que os preços podem continuar caindo. Em suma, a cruz da morte é formada quando a média móvel de 50 dias fica abaixo da média móvel de 200.

Agosto 6, 2024 - 09:41
Agosto 6, 2024 - 10:01
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Bitcoin prestes a formar ‘cruz da morte’, mais queda pela frente?

Após uma forte queda nos últimos dias, analistas estão acompanhando a formação de uma ‘cruz da morte’ no gráfico do Bitcoin. Tal padrão é um sinal de que os preços podem continuar caindo.

Em suma, a cruz da morte é formada quando a média móvel de 50 dias fica abaixo da média móvel de 200 dias. Em termos menos técnicos, isso significa que existe uma maior pressão de venda no mercado, acabando o fôlego do rali.

Possível formação de 'cruz da morte' no gráfico de preço do Bitcoin. Fonte: TradingView.
Possível formação de ‘cruz da morte’ no gráfico de preço do Bitcoin. Fonte: TradingView.

Quão confiável é a ‘cruz da morte’ do Bitcoin?

A última vez que o Bitcoin formou uma cruz da morte em seu gráfico foi em setembro de 2023. No entanto, o BTC só subiu desde então, formando uma ‘cruz dourada’ no mês seguinte.

Portanto, fica claro que tal indicador não é tão preciso quanto alguns analistas acreditam.

De qualquer forma, a cruz da morte formada em janeiro de 2022 foi seguida por uma queda de 65%. Na data, o Bitcoin permaneceu em queda por 10 meses até encontrar o seu fundo.

Das últimas duas cruzes da morte, uma resultou em forte queda, mas outra foi rapidamente anulada pelo mercado. Agora, investidores tem uma leitura difícil pela frente à medida que outra cruz da morte se forma no gráfico. Fonte: TradingView.
Das últimas duas cruzes da morte, uma resultou em forte queda, mas outra foi rapidamente anulada pelo mercado. Agora, investidores tem uma leitura difícil pela frente à medida que outra cruz da morte se forma no gráfico. Fonte: TradingView.

Com ou sem essa cruz, investidores seguem atentos aos gráficos. Isso porque o Bitcoin caiu 29% em 7 dias, mas já valorizou 11,4% de ontem para hoje.

Nas redes sociais, alguns afirmaram que estão vendendo, mas outros notaram que estão aproveitando o momento para realizar mais aportes, ou seja, estão tratando a queda como um desconto.

Wall Street não se assusta com queda do Bitcoin

Dados da Coinglass apontam que mais de US$ 1 bilhão foi liquidado do mercado de futuros no domingo (4), uma das maiores somas do ano. Obviamente, a maioria das liquidações foi de longs (posições compradas).

Investidores de criptomoedas sofreram no domingo (4), com liquidações ultrapassando a faixa de US$ 1 bilhão. Fonte: Coinglass.
Investidores de criptomoedas sofreram no domingo (4), com liquidações ultrapassando a faixa de US$ 1 bilhão. Fonte: Coinglass.

De qualquer forma, Wall Street não se assustou com a queda. Nesta segunda-feira (5), os ETFs tiveram saídas de apenas US$ 168,4 milhões, bem longe de valores registrados em outros dias. Como comparação, o recorde de saídas é de US$ 563 milhões, registrado no dia 1º de maio.

ETFs de Bitcoin tem poucas saídas, apesar da grande queda de preço dos últimos dias. Fonte: Sosovalue.
ETFs de Bitcoin tem poucas saídas, apesar da grande queda de preço dos últimos dias. Fonte: Sosovalue.

O maior ETF de Bitcoin do mundo, administrado pela BlackRock, ficou no zero-a-zero, sendo mais um indicativo de que grandes investidores estão pensando no longo prazo.

Por fim, os ETFs de Ethereum ficaram no positivo nesta segunda-feira (5), fechando o dia com US$ 48,8 milhões em entradas. Assim como o BTC, o ETH passou por uma forte queda, atingindo seu menor preço dos últimos 7 meses, e também está prestes a formar uma cruz da morte em seu gráfico.

Cruz da morte prestes a ser formada no gráfico do Ethereum. Fonte: TradingView.
Cruz da morte prestes a ser formada no gráfico do Ethereum. Fonte: TradingView.

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