Polícia recupera R$ 790 mil ligados a sequestro com pagamento de resgate em criptomoedas
Autoridades policiais lograram êxito na recuperação de R$ 790 mil em criptomoedas, valor associado a um caso de sequestro no qual o pagamento do resgate foi realizado utilizando esse tipo de ativo digital.
A polícia continua investigando o desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy (55), prestes a completar quatro meses. Segundo atualização do caso, publicada pelo O Globo, as autoridades conseguiram recuperar R$ 790 mil na última quarta-feira (12).
A quantia havia sido depositada em uma empresa de criptomoedas que iria intermediar a compra dos bitcoins que seriam usados no pagamento do resgate da advogada.
O principal suspeito do crime é Lourival Correa Netto Fatiga, que se aproximou da família há cerca de três anos, se apresentando como policial federal, algo que não era. Além de se tornar um amigo pessoal, também passou a fazer sua segurança da família.
As investigações apontam que Fatiga teria criado um e-mail no nome do marido de Anic, Benjamim Cordeiro Herdy.
No entanto, ele não teria completado a conversão do dinheiro por não conseguir enviar todos os documentos necessários devido a sua prisão, que aconteceu em março, poucos dias após a família registrar um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Anic.
Marido da vítima pagou R$ 4,6 milhões aos criminosos
O Ministério Publico do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita que Anic de Almeida Peixoto Herdy foi morta e seu cadáver foi ocultado. Mesmo sem novas informações sobre a advogada, a polícia continua com as investigações.
Além da apreensão de R$ 790 mil que haviam sido enviados para uma empresa de criptomoedas, cujo nome não foi revelado, as autoridades também rastrearam outras quantias.
No total, a família da vítima pagou R$ 4,6 milhões aos criminosos para que Anic fosse liberada, algo que nunca aconteceu. Parte do pagamento foi realizado em dinheiro vivo, deixado em uma cesta de lixo a pedido dos sequestradores.
Benjamim, marido de Anic, também teria enviado dinheiro para 40 contas de doleiros e empresas exportadoras. Todas essas contas foram indicadas por Fatiga, principal suspeito do crime.
Segundo a linha de investigação, o técnico em informática teria oferecido um falso suporte à família, com o intuito de controlar a situação por completo.
Três desses depósitos — cada um no valor de R$ 325 mil, totalizando R$ 975 mil — teriam sido usados por Fatiga para comprar 950 celulares no Paraguai. Além disso, o suspeito também comprou um veículo avaliado em R$ 50 mil usando dinheiro em espécie, bem como uma moto.
Além de Fatiga, a polícia também prendeu um filho, uma filha e a ex-namorada do técnico em informática. Não há informações sobre a recuperação de outros valores pagos pela família no resgate.
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