Vitalik Buterin mostra como tecnologia blockchain pode melhorar a privacidade e liberdade de russos
Desenvolvida pela empresa russa Rarimo, a Freedom Tool utiliza tecnologia de Prova de Conhecimento Zero (ZKP)
O criador do Ethereum, Vitalik Buterin, voltou a comentar em um podcast sobre sua visão de que a tecnologia blockchain está alinhada à democracia e liberdade das pessoas, citando desta vez uma solução criada por uma empresa de Kiev, na Ucrânia, chamada “Freedom Tool” (Ferramenta de Liberdade).
Os comentários ocorreram durante sua participação no podcast Bankless, cujo vídeo foi publicado na terça-feira (25) no YouTube. Apresentada por Ryan Sean Adams e David Hoffman, a entrevista focou na discussão sobre se o autoritarismo poderia superar a concorrência das democracias liberais.
Desenvolvida pela Rarimo, a ferramenta utiliza tecnologia de Prova de Conhecimento Zero — conhecida pela sigla ZKP, do inglês “Zero Knowledge Protocol”, para permitir que os cidadãos russos provem a sua cidadania e participem em votações online sem revelar suas identidades.
“É um grupo interessante”, disse Buterin acerca da Rarimo. “Eles têm pessoas de vários países ex-soviéticos. Eles construíram essa coisa chamada Ferramenta de Liberdade que basicamente, tendo um passaporte russo, você pode provar digitalmente que é um cidadão russo sem revelar sua identidade”.
O criador do Ethereum ressaltou que através da ferramenta o cidadão pode também participar de uma votação online cujos resultados serão visíveis em tempo real e garantidos à prova de fraude. “É basicamente um sistema de votação anônimo”, concluiu.
No site da entidade, a Freedom Tool é descrita como “uma solução que revoluciona processos de votação, pesquisa e eleição”. O sistema garante que os resultados sejam invioláveis e visíveis, criando uma forma de votação anônima e resistente à censura.
Vitalik Buterin: princípios de liberdade e descentralização
Comumentemente, as visões de Vitalik Buterin são alinhadas aos princípios de liberdade e descentralização. Em 2022, Vitalik Buterin criticou uma onda de censura do então Twitter de Elon Musk, afirmando que a enxurrada de banimentos de contas do site estaria colocando a rede social no “caminho do autoritarismo”.
Na época, quando um usuário respondeu que Musk estava simplesmente “respondendo ao sistema” ao implementar rapidamente proibições, Buterin questionou tal justificativa: “Agir de forma rápida e decisiva em resposta aos catalisadores’ quando a ação em questão é proibir coisas é o caminho para o autoritarismo”.
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