EUA oferecem recompensa de US$ 5 milhões pela captura da ‘rainha das criptomoedas’
O governo dos Estado Unidos está intensificando a busca por Ruja Ignatova, a fundadora da OneCoin, maior esquema com criptomoedas da história.
O governo dos Estado Unidos está intensificando a busca por Ruja Ignatova, a fundadora da OneCoin, maior esquema com criptomoedas da história. Em anúncio feito nesta quinta-feira (27), as autoridades elevaram a recompensa para até US$ 5 milhões por informações que levem à prisão ou condenação da golpista que ficou conhecida como “rainha das criptomoedas”.
Ignatova é uma cidadã alemã de origem búlgara e é procurada por ter criado o esquema que as autoridades descrevem como “um dos maiores golpes com criptomoedas da história”.
O projeto OneCoin, cofundado por Ignatova em 2014, enganou investidores por todo o globo e roubou mais de US$ 4 bilhões em Bitcoin.
Promovido como um “matador do Bitcoin” e uma criptomoeda legítima, a OneCoin foi divulgada através de festas glamorosas e eventos internacionais em Dubai, Macau, Singapura, Reino Unido e até no Brasil.
No entanto, de acordo com documentos judiciais e testemunhos de investidores, a OneCoin não passava de um esquema Ponzi sofisticado. A criptomoeda nunca existiu em uma blockchain real e não havia operações de mineração reais por trás dela.
OneCoin
O esquema começou a se desmoronar em 2017, quando Ignatova foi indiciada em Nova York. Ela enfrentou acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica e conspiração para cometer lavagem de dinheiro.
Acusações adicionais de conspiração para cometer fraude de valores mobiliários foram adicionadas em um indiciamento substitutivo em fevereiro de 2018.
Em 25 de outubro de 2017, apenas duas semanas após sua acusação inicial, Ignatova embarcou em um voo de Sofia, Bulgária, para Atenas, Grécia. Este foi seu último paradeiro conhecido, e ela não foi vista publicamente desde então.
O FBI adicionou a rainha das criptomoedas à sua lista dos dez fugitivos mais procurados do mundo em 2022, demonstrando que tem grande interesse em prender a mulher e possivelmente apreender os bitcoins que ela tem em mãos.
Especulações sobre o paradeiro e a situação de Ignatova têm sido abundantes desde seu desaparecimento. O FBI sugeriu que ela pode ter alterado sua aparência através de cirurgia plástica e pode estar viajando com um passaporte alemão nos Emirados Árabes Unidos, Bulgária, Alemanha, Rússia, Grécia ou Europa Oriental.
Alguns relatos não confirmados até afirmam que ela pode ter sido assassinada em 2018, embora as autoridades continuem a operar sob a suposição de que ela está viva.
Enquanto Ignatova permanece foragida, vários de seus associados enfrentaram a justiça. Seu irmão, Konstantin Ignatov, foi preso em 2019 no Aeroporto Internacional de Los Angeles.
Karl Sebastian Greenwood, cofundador do OneCoin, se declarou culpado em um tribunal federal em Manhattan em 2022 e foi condenado a 20 anos de prisão.
Dois advogados envolvidos no esquema, Irina Dilkinska e Mark Scott, receberam penas de prisão de quatro e dez anos, respectivamente, no início de 2024.
A recompensa aumentada é oferecida através do Programa de Recompensas por Crimes Transnacionais Organizados do Departamento de Estado dos EUA. O programa permite a proteção das identidades dos informantes, caso sua revelação possa colocar indivíduos em risco.
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